terça-feira, agosto 5, 2025
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Arqueólogos descobrem ‘vale perdido de cidades’ de 2.500 anos na Amazônia que pode reescrever a história da civilização

Tecnologia LIDAR revela complexa rede urbana que abrigou 10 mil pessoas e desafia teorias sobre sociedades pré-colombianas

VALE DO UPANO, EQUADOR – Uma descoberta arqueológica revolucionária acaba de reescrever nossa compreensão sobre as antigas civilizações amazônicas. Arqueólogos descobriram um conjunto de cidades perdidas na Floresta Amazônica do Equador que abrigava pelo menos 10 mil agricultores há cerca de 2 mil anos, revelando a existência de uma sofisticada rede urbana que funcionou por mais de mil anos.

Localizada no Vale do Upano, leste do Equador, a descoberta aponta para um “vale perdido de cidades”, nas palavras do coordenador das pesquisas, conectado de “maneira espetacular” e datado de 2500 anos atrás. O estudo foi publicado na prestigiosa revista científica Science em janeiro de 2024, marcando um dos achados arqueológicos mais significativos da década.

Descoberta revoluciona arqueologia amazônica

Essa é a descoberta da maior e mais antiga rede urbana de características construídas e escavadas na Amazônia até agora, e foi o resultado de mais de duas décadas de investigações na região pela equipe da França, Alemanha, Equador e Porto Rico.

A complexidade do sistema urbano descoberto desafia completamente as teorias estabelecidas sobre as sociedades pré-colombianas. Investigadores que trabalham nas profundezas da floresta amazónica descobriram uma extensa rede de cidades com 2.500 anos, colocando em causa, mais uma vez, a arqueologia estabelecida.

Tecnologia LIDAR revela segredos enterrados

A descoberta só foi possível graças ao uso da tecnologia LIDAR (Light Detection and Ranging), que permite ver através da densa cobertura florestal amazônica. A tecnologia permite que pesquisadores vejam através da cobertura florestal, revelando estruturas que permaneceram ocultas por milênios.

O Lidar também permite identificar padrões de ocupação humana, como estradas, canais, campos e aldeias. Uma das regiões onde o Lidar foi usado para revelar as cidades perdidas da Amazônia é o Vale do Upano, no leste do Equador.

Complexo sistema urbano conectado

Um complexo sistema de cidades perdidas com mais de 2.500 anos, ligadas por estradas e canais, foi descoberto na região montanhosa dos Andes, região que faz parte da Amazônia do Equador. A sofisticação da infraestrutura encontrada surpreendeu os pesquisadores.

Uma série de montículos de terra e estradas enterradas no Equador foi notada pela primeira vez, mas apenas com o mapeamento detalhado foi possível compreender a verdadeira extensão e complexidade do sistema urbano.

Civilização perdida que durou mil anos

Arqueólogos descobriram um aglomerado de cidades perdidas na floresta amazônica que abrigava pelo menos 10 mil agricultores há cerca de 2 mil anos, constituindo uma das maiores concentrações populacionais conhecidas da América pré-colombiana.

Este notável achado arqueológico revela a existência de uma série de cidades perdidas que abrigaram cerca de 10.000 agricultores há aproximadamente 2.000 anos. O pioneirismo dessa descoberta remonta a mais de duas décadas, quando o arqueólogo Stéphen Rostain identificou pela primeira vez os primeiros indícios dessa civilização.

Pioneiro francês liderou pesquisas por décadas

O arqueólogo francês Stéphen Rostain, do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França, liderou as investigações que culminaram nesta descoberta histórica. Suas pesquisas no Vale do Upano começaram há mais de 20 anos, quando ele primeiro identificou estruturas anômalas na região.

A equipe internacional incluiu pesquisadores da França, Alemanha, Equador e Porto Rico, demonstrando o caráter colaborativo desta pesquisa revolucionária.

Impacto na compreensão da Amazônia pré-colombiana

A descoberta desafia fundamentalmente as noções estabelecidas sobre a capacidade das sociedades amazônicas pré-colombianas de criar e manter grandes centros urbanos. Contrariamente à visão tradicional de que a Amazônia era habitada apenas por pequenos grupos nômades, estas cidades revelam uma sociedade complexa e hierarquizada.

O sistema de agricultura intensiva necessário para sustentar uma população de 10 mil habitantes também sugere técnicas agrícolas muito mais avançadas do que se imaginava possível na região amazônica da época.

Preservação extraordinária

Um dos aspectos mais impressionantes da descoberta é o estado de preservação das estruturas. A densa cobertura florestal amazônica protegeu os montículos artificiais, estradas e canais da erosão e destruição por mais de dois milênios.

Esta preservação natural permitiu aos arqueólogos reconstituir com precisão sem precedentes o layout urbano e a organização social desta civilização perdida.

Futuro das pesquisas

As escavações continuam no Vale do Upano, com previsão de revelar ainda mais detalhes sobre esta civilização amazônica. Os pesquisadores esperam encontrar artefatos que possam esclarecer aspectos da vida cotidiana, religião e organização política desta sociedade complexa.

A descoberta também abre novas perspectivas para pesquisas em outras regiões amazônicas, sugerindo que civilizações similares podem estar aguardando descoberta sob a densa cobertura florestal.

Mudança de paradigma histórico

Esta descoberta representa uma mudança fundamental na compreensão da história pré-colombiana das Américas. Ela demonstra que a Amazônia não era um “vazio demográfico” ou uma região habitada apenas por sociedades simples, mas sim o lar de civilizações urbanas complexas e populosas.

O achado reforça a crescente evidência de que as Américas pré-colombianas eram muito mais densamente povoadas e culturalmente sofisticadas do que anteriormente imaginado, forçando uma reavaliação completa da história do continente.

Ana
Ana
Sou Ana Clara, uma escritora apaixonada por contar histórias que informam, inspiram e emocionam. Com mais de 10 anos de experiência na área, dedico meu tempo a criar conteúdos que capturam a atenção dos leitores, trazendo notícias, curiosidades e reflexões sobre temas atuais. Acredito que cada texto tem o poder de transformar perspectivas e gerar conexões. Fique à vontade para conhecer meu trabalho e entrar em contato para colaborações!
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