A onça-pintada que provocou a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, no Mato Grosso do Sul, passará o restante de sua vida em cativeiro, conforme a decisão das autoridades ambientais. O animal, agora chamado de Irapuã, está sob os cuidados do Instituto Ampara Animal, localizado em Amparo, São Paulo. A decisão foi tomada após o ataque fatal, considerando que o comportamento da onça representa um risco significativo à segurança humana.
Irapuã chegou ao instituto com múltiplas cicatrizes e, desde então, apresentou sinais de recuperação positiva. Em pouco mais de uma semana, ganhou 13 kg, evidenciando um progresso físico notável. O veterinário Jorge Salomão, responsável pelo acompanhamento do animal, destaca que a onça tem demonstrado uma atitude incomum em relação aos seres humanos, não manifestando o comportamento de evitação que é típico de sua espécie. Essa característica reforçou a decisão de mantê-la em cativeiro.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) foram os responsáveis pela determinação de cativeiro vitalício para a onça. Inicialmente, Irapuã permanecerá em um espaço menor no instituto, mas planos estão em andamento para transferi-la para um ambiente maior, que imitará, na medida do possível, seu habitat natural. O recinto contará com elementos da mata nativa e uma área aquática para promover a recuperação física e emocional do animal.